sexta-feira, 2 de maio de 2014


FILHO DE ARES



Chegou quebrando o tempo

Desacelerando o ritmo da história

Derrubando muros, projetando luzes,

Desviando os ventos, pisando as memórias

Cavalgando sobre túmulos do passado,

Orgulhosamente mirando seu norte,

Empunhando espadas, arqueando flechas,

escrevendo a própria sorte !

Se foi bom ou mau,

Só o tempo responderá

se tem sangue em seus pés,

o mesmo sangue lhe seguirá

Fortes pareciam os homens,

sem medo da noite, da guerra

mas há sempre uma fraqueza por dentro

dos homens que andaram na Terra

Tiveram nomes escritos

nas páginas deste planeta,

alguns escritos com sangue,

outros com tinta e caneta

Enquanto o mundo gira às pressas,

ele passou devagar...

na imortalidade dos séculos

pareceu-me flutuar

Nunca foi rosa sem nome,

nem com o tempo esquecido,

floresta que se consome

um dia renasce nos livros..
Jardim