POEIRA
DE ESTRELAS
De
onde vieram meus átomos ?
Meus
carbonos, de quem foram ?
Já
foram riboses de César,
Ou
de Jesus talvez foram ?
Foram
de geleiras do Ártico
As
minhas águas celulares ,
E
os fios dos meus cabelos
Foram
corpos estelares .
O
oxigênio que bem agora
Circula
em meu sangue
Conheceu
alvéolos pulmonares
De
Platão ou então de Gandhi
Meus
nitrogênios viajaram
Por
continentes, Países
Em
meus ossos estes cálcios
Transportados
por raízes.
Estes
sódios e potássios
No
peito de Átila dormiram
E
quem sabe dos quasares
Em
seus raios refletiram
Sou
poeira das estrelas
Carregada
pelos ventos
Sou
um corpo reciclado
Desde
o início dos tempos
Viajantes
seculares
De
onde vim pra onde vou?
Sou
o alfa do alfabeto,
Herança
do Big- Bang
Sou
de Kafka o inseto
Guardo
memórias químicas
Das
areias do deserto
Da
argila de Adão
Átomos
da costela e
Das
páginas do alcorão
Viajante
das galáxias
Sou
uma poeira estelar
Um
gigante gasoso
Ou
ser unicelular
Vou
assim fazendo parte
Da
História do Universo
Escrito
em símbolos , números
Descrito em simples versos
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